Polícia Federal (PF) deu início à operação Irerês na manhã desta sexta-feira (2) em João Pessoa para investigar possíveis irregularidades na licitação e na execução nas obras do Parque da Lagoa da Prefeitura de João Pessoa. Segundo a Polícia Federal, o objeto da investigação é um contrato de repasse entre Ministério das Cidades e João Pessoa.
Laudos técnicos produzidos pela PF apontam prejuízo aos cofres públicos estimado em R$ 6,4 milhões, conforme cotação feita em abril de 2017. Foram cumpridos dois mandados judiciais de busca e apreensão em João Pessoa,um na sede de empresa contratada para executar a obra investigada e na residência do responsável por sua administração, no bairro de Manaíra.
Os mandados foram expedidos pela 16ª Vara da Justiça Federal em João Pessoa. Além dos mandados, a Justiça Federal também tornou indisponíveis bens da empresa investigada e proibiu que a Prefeitura Municipal de João Pessoa realize novos pagamentos referentes ao contrato de repasse.
De acordo com o procurador-geral de João Pessoa, Adelmar Régis, a prefeitura não é alvo da operação, tanto que não houve busca e aprensão na casa de nenhum servidor. Ele disse que vai aguardar o resultado das investigações e está à disposição da Justiça para qualquer esclarecimento.
O nome da operação é uma alusão ao Irerê, espécie de marreco que era abundante nas águas da lagoa. Tanto que, até o início do século XX, antes da urbanização do parque, o local era conhecido como “Lagoa dos Irerês”. Ainda de acordo com nota enviada pela PF, o processo corre em segredo de Justiça.
Redação com G1