tera, 24 de dezembro de 2024
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Publicado em 22/05/2017 21h22

Rodrigo Janot volta a pedir a prisão do senador Aecio Neves

Janot recorreu da decisão de Fachin e o pedido deverá ser apreciado pelo STF

O Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, pediu, novamente, a prisão do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) e do deputado afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR). Ele recorreu da decisão do ministro Edson Fachin. A decisão deverá ser analisada pelo plenário do STF, formado pelos 11 ministros da Corte.

O senador Aécio Neves (PSDB-MG), presidente nacional de seu partido, foi afastado do mandato depois de ser flagrado, pedindo 2 milhões de reais de propina aos sócios do frigorífico JBS. Também perde temporariamente as funções de parlamentar o deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), que teria sido filmado recebendo 500.000 reais como propina de representantes do grupo.

Nas gravações, Aécio Neves pedia dois milhões de reais a Joesley Batista, dono do grupo JBS, com a justificativa que necessitava da quantia para pagar sua defesa na Operação Lava Jato, de acordo com informações adiantadas ontem pelo O Globo.

Gravações -  gravações foram entregues por Batista à Justiça como prova em sua delação premiada. Ele teria se encontrado com Aécio no dia 24 de março no hotel Unique, em São Paulo, depois que sua irmã, Andréa Neves, abordou o empresário para combinar o encontro via WhatsApp e telefone. Ainda segundo o jornal, Batista aceitou o pedido e questionou quem pegaria a mala com o dinheiro. "Se for você a pegar em mãos, vou eu mesmo entregar. Mas, se você mandar alguém de sua confiança, mando alguém da minha confiança", teria dito Neves, de acordo com O Globo. "Tem que ser um que a gente mata ele antes de fazer delação. Vai ser o Fred com um cara seu. Vamos combinar o Fred com um cara seu porque ele sai de lá e vai no cara. E você vai me dar uma ajuda do caralho", completou o senador. Fred, segundo o jornal, seria Frederico Pacheco de Medeiros, seu primo e um dos coordenadores de sua campanha em 2014.

A nova rota de investigações a partir da delação da JBS piora ainda mais o quadro do tucano, que já é alvo de seis inquéritos no STF. As delações da Odebrecht já o haviam colocado como suspeito de arrecadar recursos em caixa 2 para suas campanhas eleitorais e de seus aliados, fraude em processos de licitação (para a construção da Cidade Administrativa, sede do Governo em Minas Gerais) e recebimento de vantagem indevida em obras de hidrelétricas como a de Jirau e Santo Antônio.

 

Redação

 


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