Três dos cinco ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) votaram pelo não reconhecimento do habeas corpus concedido ao goleiro Bruno Fernandes, que estava em liberdade e exercendo a profissão no Boa Esporte. Condenado em primeira instância pela morte de Eliza Samúdio, Bruno foi solto em 21 de fevereiro por decisão do ministro Marco Aurélio Mello. Na última quinta-feira, o procurador geral da República Rodrigo Janot pediu ao STF a revogação da decisão que colocou o goleiro em liberdade.
Atualmente, Bruno é contratado pelo Boa Esporte, time da segunda divisão de Varginha, em Minas Gerais. Diversos patrocinadores do clube mineiro reincidiram os contratos devido a contratação do goleiro.
O ministro Alexandre Moraes, relator do caso, foi o primeira a se manifestar contra a decisão de Marco Aurélio – ele foi seguido pela ministra Rosa Weber e Luiz Fux que argumentou que o júri assentou a crueldade do crime com tortura. Marco Aurélio defendeu a concessão do habeas corpus. “Nada justifica prisão processual de seis anos e sete meses”, afirmou o ministro. O ministro Luís Roberto Barroso ainda não manifestou seu voto.