O Brasil é hoje uma salada econômica, uma mistura de neoliberalismo com o pensamento fundamentalista do PT e sua política tendenciosa para o socialismo, hoje tragada pela conjuntura cultural e política enraizada no capitalismo que controla nossa economia. Isso vem a partir dos anos 90, difundido na política econômica das duas gestões de Fernando Henrique Cardoso. E o pior, é que temos um Governo que age como se fosse no parlamentarismo, em pleno regime presidencialista.
Quando da ascensão de Lula ao poder federal, muito se especulou a respeito do caráter neoliberal ou não de seu governo, tendo em vista ter sido o Partido dos Trabalhadores, por ele liderado, o crítico maior dessa política ao longo do Governo FHC, no entanto, teve que recuar e adaptar-se à conjuntura do regime dominante em nossa economia, sob pena de ficar engessado e impossibilitado de governar, razão pela qual - na visão de muitos dos críticos, cedeu à força de um Parlamento adverso e às tendências mais conservadoras deste país.
Positivo ou não, entre erros e acertos, tem-se que o país avançou no período lulista e se fortaleceu nas bases econômica e social, mesclando as políticas públicas, numa mistura de liberalismo e socialismo, sem rumo objetivo, mas focado no enfraquecimento de uma sociedade eivada em valores éticos, morais e cívicos, processo que tenderia levar à hegemonia o partido sobre a sociedade. E talvez, tenha sido esse o fator determinante da derrocada.
Não vislumbro, no mérito os governos do PT e as condutas políticas adversas na mesma barca, em todas as esferas, mas temo por chegar nos dias de hoje a uma incógnita indefinição de futuro, levada pelo dramático esfacelamento da representação popular, que seduzida pelos interesses corruptivos e nefastos, arma a trama política e impõe ao Brasil projetos e interesses capitalistas, alheios e contrários à vontade de um povo enganado. Onde vamos chegar? Durma com isso.