O ministro Bruno Dantas, do TCU, emitiu nota com esclarecimentos a respeito da solicitação ao Senado para realizar varreduras em seus endereços, com a finalidade de identificar eventuais escutas ilegais ou clandestinas. O fato está associado à operação da Polícia Federal, que prendeu integrantes da Polícia do Senado, por interceptar escutas instaladas em gabinetes e residências de senadores da República.
O pedido teria sido realizado em maio, três dias após uma escuta telefônica ser encontrada no gabinete do ministro Luís Roberto Barroso. Segundo o ministro, tratou-se de precaução adotada em razão da natureza sigilosa de diversas informações manuseadas nos processos de competência do TCU.
Bruno Dantas ressaltou que o pedido foi dirigido ao Senado em virtude de ambas as Casas integrarem o Poder Legislativo e de o TCU não dispor de equipes de segurança hábeis a realizar a diligência. O ministro ainda fez um alerta:
"Causa perplexidade que a notícia seja a precaução adotada e não o "Polizeistaat" que se está a fomentar no Brasil, sujeitando autoridades ao risco de grampos e escutas ilegais que podem comprometer o sigilo de processos em tramitação e antecipar decisões que somente deveriam ser conhecidas por ocasião do julgamento."