Com o objetivo de reavaliar os casos de crianças e adolescentes acolhidos por estar em situação de risco e vulnerabilidade, o juiz titular da 1ª Vara da Infância e Juventude da Capital, Adhailton Lacet, iniciou uma série de audiências concentradas nas casas de acolhimento de João Pessoa, buscando encontrar meios que possam permitir o retorno desses jovens para suas famílias, ao mesmo tempo em que encontrem ambientes que possam ser direcionados à cidadania e ao estudo no rumo das profissões desejadas.
A primeira audiência, de uma série de 10 programadas, foi realizada na Casa de Acolhida Morada do Betinho e tratou do caso de 7 crianças e adolescentes. Com 16 anos de idade, o jovem J.S, recolhido por encontrar-se em situação de vulnerabilidade e risco social, segundo os relatos - em decorrência do envolvimento de sua mãe com drogas ilícitas, foi um dos que revelou sua vontade de seguir os estudos e se formar em Educação Física.
O jovem manifestou sua preferência em continuar na Morada do Betinho, alegando que em casa não consegue incentivos para os estudos”. Ele está matriculado no 8º ano do Ensino Fundamental, além de fazer um curso de informática durante dois dias na semana. ”Não conseguia estudar em casa porque minha mãe se mudava muito”, explicou J.S. Segundo o magistrado, ele pode permanecer na Casa até os 18 anos, após esse período nós procuraremos programas do governo para que o jovem possa encontrar sua independência” completou o juiz, ao alegar que a avaliação é feita caso a caso, com muito cuidado e atenção.
Redação DF com TJPB