A Paraíba é o terceiro estado no País em número de casos envolvendo mão de obra infantil. O percentual cresceu 65%, colocando o Estado, atrás apenas do Acre, com 68% e Sergipe (66%). Isso significa mais 41 mil meninos e meninas nas ruas: eram 63 mil trabalhando de forma precoce em 2013 e pulou para 104 mil em 2014.
Para combater esse problema, entre outras ações, uma campanha foi lançada na última quarta-feira, pelo Ministério Público do Trabalho na Paraíba e pelas ONGs Casa Pequeno Davi e Concern Universal. O evento aconteceu no Hotel Hardman, em João Pessoa. Na ocasião, também houve o lançamento do Prêmio MPT de Jornalismo e do projeto-piloto ‘MPT TV’.
O procurador-chefe do Trabalho, Paulo Germano, os procuradores do Trabalho Edlene Felizardo e Eduardo Varandas (idealizador da campanha), além de outras autoridades estiveram presentes. A campanha, cujo tema é “O Trabalho Infantil não dignifica ninguém” foi criada pela agência Tag Zag.
“Não aceitamos máscaras na realidade. Contra fatos e números não há argumentos. Muitas dessas crianças estão trabalhando no narcotráfico, em lixões e sendo exploradas sexualmente, sem que posturas proativas sejam tomadas pelo poder público”, afirmou o procurador Eduardo Varandas, coordenador Regional da Coordenadoria de Combate à Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente (Coordinfância).
O aumento do trabalho infantil nos impõe um desafio que exige um esforço interinstitucional. E o papel do MPT é articular os entes e envolvidos para implementação de políticas públicas eficientes”, destacou o procurador-chefe do Trabalho na Paraíba, Paulo Germano.
Denúncias: Disque 100
Disque 100 é o número que a sociedade pode ligar para denunciar casos de exploração do trabalho infantil. Em João Pessoa, denúncias também podem ser feitas no MPT (3612-3600).
DF com Assessoria MPT