domingo, 22 de dezembro de 2024
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Publicado em 22/04/2018 12h18

MP exonera promotor de Justiça que desacatou policiais militares em MT

O episódio foi registrado em vídeo em 2017 pelos próprios policiais e divulgado nas redes sociais

O Conselho Superior do Ministério Público exonerou o promotor de Justiça de Guarantã do Norte (709 km de Cuiabá-MT), Fábio Camilo da Silva, que em julho do ano passado foi flagrado, alterado, desacatando policiais militares. De um deles, ele chegou a tirar o quepe. O episódio foi registrado em vídeo pelos próprios policiais e divulgado nas redes sociais.

Os membros do Conselho do Ministério Público do Mato Grosso  negaram o vitaliciamento do promotor, impedindo sua integração de forma definitiva nos quadros da instituição. Durante o julgamento, o relator do procedimento disciplinar, procurador de Justiça Domingos Sávio de Arruda, elencou 10 ocorrências  apontadas pela Corregedoria Geral que colocaram em xeque a conduta e o trabalho do promotor, após o seu ingresso na instituição.

O relator destacou que, no decorrer do processo, foram acatados todos os pleitos da defesa para evitar eventual alegação de cerceamento. “Em estágio probatório foi constatado o comportamento inadequado e desrespeitoso do senhor Fábio Camilo”, afirmou o relator.

Com a decisão, Fábio Camilo deixa de ocupar um dos cargos mais cobiçados do serviço público, com salário inicial de R$ 24 mil, além de auxílios diversos. O caso - A polêmica envolvendo o promotor se tornou pública após a divulgação de vídeos em que ele aparece embriagado discutindo com PMs, em julho de 2017.

O caso - Segundo a narrativa do B.O., uma guarnição da PM foi acionada após uma ligação telefônica por parte de um morador. Em frente a um posto de combustível duas duas pessoas estavam discutindo, um deles em “visível estado de embriaguez”.

Ao chegar ao local, segundo contam os policiais, e indagar o condutor, o mesmo teria perguntado aos agentes se “sabiam com quem estavam falando”. Outra acusação contra Fábio Camilo é o de ter agredido um adolescente de 17 anos e hostilizado duas conselheiras tutelares.

O promotor também é acusado de atropelado e ameaçado de morte o deficiente físico Francisco Souza e de ter faltado ao trabalho inúmeras vezes, sem justificativa, e de ter oferecido um uísque ao juiz da comarca local, em plena audiência.

 

DForense c/ Midianews

 

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