O Tribunal de Contas do Estado deverá ser o primeiro no país a instalar uma mini usina fotovoltaica para gerar energia elétrica a partir de paineis solares instalados sobre o teto de uma das unidades do prédio sede da instituição. O projeto já está sendo elaborado pela empresa contratada e o objetivo da Corte de Contas é implantar o sistema até o final de abril deste ano. Com essa iniciativa o TCE estará reduzindo drasticamente os gastos com energia e dentro de pelo menos cinco anos começará a contabilizar o retorno dos investimentos, segundo informou o presidente da Corte, conselheiro Arthur Cunha Lima.
Trezentos e 52 painéis solares serão instalados sobre no teto do bloco escolhido na estrutura do prédio. O sistema montado terá capacidade para gerar uma média de 91,52 kWp (quilowatt-pico) de energia elétrica. A empresa contratada é a MTEC Comércio e Serviços de Instalações Técnicas Ltda. ME, com sede em Brasília e ganhadora do pregão presencial nº 11/2015. “Tanto quanto a economia de gastos públicos procuramos, igualmente, com essa providência, contribuir para a melhoria das condições ambientais ao fazermos uso de uma fonte tão limpa de produção energética”, observa o presidente da Corte de Contas.
O presidente está ciente de que haverá uma redução da conta de luz paga, mensalmente, pelo Tribunal. Também, porque a mini usina fotovoltaica poderá exportar a produção excedente de eletricidade para a rede pública à qual estará conectada. A operação já testada em outros pontos do País, dá-se por sistema de compensação de créditos acertado com as companhias de eletricidade. O crédito de energia implantado no Brasil decorre da Resolução nº 482 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) publicada em 2012. Permite o desconto, mês a mês, na conta de luz, ou o acúmulo para acertos posteriores. Isso ocorre quando o sistema fotovoltaico produz, o que não é raro, mais energia do que a necessitada por entre privado, ou pelo órgão público a que pertença.
“Juntos os painéis fotovoltaicos a serviço do TCE ocuparão 600 metros quadrados, mas no teto onde se localizará ainda sobrará espaço para futura ampliação, se desejada”, explica o engenheiro Miguel Jordão, representante da MTEC, para quem, tão logo o projeto seja aprovado pela Energisa, a concessionária paraibana do setor de eletricidade, e assim que todo o material tenha chegado a João Pessoa a instalação da mini usina não levará mais do que 45 dias. “Isso ocorrerá até o final de abril”, estima.
O José Luciano de Andrade, vinculado aos quadros do TCE, conta que a mini usina contratada com a MTEC vai gerar, mensalmente 11,4 mil KVA/hora, o suficiente para atender ao consumo de 70 casas de porte médio.
Redação DF/AscomTCE
