Estamos começando um novo projeto de jornalismo. Há alguns anos, deixamos o calor da redação, a pressão do fechamento e as páginas do Jornal O Norte para ingressar e conhecer mais um nicho nessa profissão tão excitante, porém, tão imprevisível. O leque de opções, em clima de expectativa e desafios, nos remete para outros voos.
As experiências na radiofonia, na comunicação institucional e nas mais diferentes esferas de poder, nos impulsionaram para novos horizontes, conquistas e decepções. Enfim, o amadurecimento e a disposição para viver os desafios do jornalismo no mundo cibernético.
Temos uma revolução que começou no final do século passado com o advento da internet. A decadência do jornalismo impresso selou os efeitos para movimentar o mercado e, pode se dizer, com certeza, que as mudanças que acontecem nos dias de hoje representam as mais profundas dos últimos 100 anos, mesmo consideradas a modernidade das linotipos do início do século XX e a chegada da impressão a frio, o off-set, na década de 70.
No mundo da notícia online, o tempo real é o espaço da matéria prima, chamamento à interatividade. A transparência é desejada e fonte de credibilidade. Não mais é o repórter vetor único da informação verdadeira. No jornalismo da Web, que a cada minuto se torna cada vez mais competitivo, a verdade aparece com a própria fonte. É nesse mundo que receptor interage e deixa de ser apenas o consumidor da informação.
A proposta do Diário Forense nos permite voltar ao meio - como se num fórum de avaliação para debater, somar e dimensionar os fatos que influenciam e repercutem no interesse público. A democracia se fortalece com a transparência. Nessa condição as instituições passam a se preocupar com os fins existenciais, e procuram se mostrar produtivas e essenciais, disponíveis ao controle público. É isso que vamos buscar.
